A Canela é um poderoso antioxidante, sendo considerada um antidiabético.
O nome da canela deriva do grego “Kinnámomon” que significa madeira doce. Esta é extraída da casca da caneleira.
A canela é uma das especiarias mais antigas e tem sido utilizada para aromatizar, colorir e preservar alimentos há mais de 6000 anos.
Uma das utilizações mais frequentes da canela é como aromatizante do tradicional café expresso e também na confeção de doçaria.
Alguns estudos sobre as suas características bioquímicas sugerem que esta especiaria pode influenciar de forma positiva o metabolismo dos níveis de glicose, reduzindo assim a hiperglicemia.
A Diabetes Mellitus (DM) é considerada uma doença metabólica cada vez mais comum a nível mundial que está associada à redução da qualidade de vida e aumento do risco de morbilidade e mortalidade, sendo caracterizada pela elevada concentração de glicose sanguínea, resultante da diminuição da primeira fase de secreção e/ou acão da insulina.
O seu elevado teor de polifenóis parece reduzir os níveis de stress oxidativo frequentemente subjacente à resistência à insulina. Para além disso, estes compostos antioxidantes sugerem a possibilidade de esta poder exercer um efeito protetor na oxidação lipídica. Um estudo em animais demonstrou que os níveis de polifenóis presentes nesta especiaria parecem melhorar a função dos recetores de insulina e dos transportadores de glucose nos adipócitos.
Apesar de bem estudada a ação da canela em doenças crónicas, em particular na diabetes, os trabalhos realizados em indivíduos saudáveis são escassos.
Estudos anteriores sugerem que o efeito hipoglicemiante da ingestão da canela advém da sua composição fenólica baseada essencialmente em proantocianidinas.
Os antioxidantes por terem a capacidade de retardar ou inibir a oxidação de substratos oxidáveis, possuem a capacidade de prevenir danos celulares ao estabilizar ou desativar radicais livres antes que estes danifiquem os alvos biológicos nas células.
Um estudo verificou que a casca da canela foi a parte da planta que demonstrou ter uma maior atividade antioxidante. Para além disso, foi sugerido que estes compostos polifenólicos poderão exercer um efeito protetor na oxidação lipídica e inibir um conjunto de enzimas oxidantes, responsáveis pelo processo de stress oxidativo.
A capacidade antioxidante pode explicar melhor o seu efeito no que diz respeito à potenciação da atividade da insulina e o seu elevado conteúdo em compostos antioxidantes pode ser útil na prevenção e/ou na reversão de processos oxidativos, fundamentalmente na homeostasia celular.
Alguns estudos sugerem também que estes compostos fenólicos presentes na canela aumentam as proteínas do recetor β da insulina e do transportador da glucose (GLUT4) levando a uma maior captação de glucose pelos adipócitos e músculo-esquelético. Esta ação mimetizante da insulina parece ser a responsável pela qual os polifenóis da canela exercem um efeito hipoglicemiante e melhoram a sensibilidade à insulina.
Aldeído cinamico é o principal princípio ativo da canela, sendo o primeiro apontado como um potencial agente antidiabético.
Além do seu efeito sobre a glicemia, esta especiaria também tem demonstrado exercer um efeito antioxidante, antiinflamatório, anti-lipidémico, antifúngico e hipoglicemiante.
Benefícios:
- Estudos revelam que a canela, incluída em uma dieta diária, pode reduzir o colesterol e os triglicerídeos;
- A canela pode auxiliar no tratamento de diabetes do tipo II, uma vez que reduz os níveis de açúcar no sangue;
- Pode ser utilizada como remédio natural no combate a dor de cabeça e enxaqueca;
- A canela também atua como um bom tônico para o cérebro, impulsionando a atividade do mesmo;
- Diminui a dor e a inflamação associadas a artrite, uma vez que contém compostos anti-inflamatórios;
- Pode ser utilizada como conservante natural da comida, prevenindo a proliferação e o crescimento de bactérias.